sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SUMA DE MIM



 SUMA DE MIM

Eri Paiva



Saias da minha vida, para sempre,


É o que eu, de fato, devera te dizer


Mas estás tão forte em meu presente


Que pensar em ti é o que me faz viver!





Até quando te guardarei comigo,


Nesta ânsia louca, sem fim, de te querer?


Até quando tu te farás meu castigo


Sem te dares conta deste meu sofrer?




Não quero, em outros braços, te imaginar,


Mas também não quero teu amor mendigar


Tão certa estou que falta não te faço...



Assim sendo resolvo e decidido está,


Não vou e assumo, nunca mais te amar!


Já tenho outro rondando o meu espaço.



Eri Paiva - Em 13. 07. 2014




CIÚMES DO MAR


CIÚMES DO MAR
Eri Paiva

Um poeta se posta diante do mar,

A escrever seus versos na areia.
Da sua imaginação faz brotar,
Sobre as ondas, uma linda sereia!

Na nudez de sua musa marinha,

Deslizando suas rimas em sintonia
Põe nelas toda sua criatividade
E, ao contemplá-la... se extasia!

Formosa e bela na sua tela mental

Dá a sua musa uma moldura real,
Decorada, em conchinhas do mar.

Faltava-lhe terminar seu belo feito.

No ato de assinar, o mar suspeito
E enciumado fez a onda lhe apagar!

Parnamirim/RN - Em 08. 08. 2015




SONATA AO LUAR




SONATA AO LUAR
Eri Paiva


Noite clara, translúcida, em céu de agosto,
Um violino, sob o luar, o silêncio irrompe...
Inebriada, uma lágrima desce-me no rosto,
Como se a advinhar quem algo me apronte


Seria um sonho? Não! Eras tu invadindo
A minh'alma, de ti, ainda enamorada!
Como se a flutuar, percebo-me sumindo
Naquela melodia saudando a madrugada!


Ao deixar-me envolver, mente e coração
Unidos, num pacto mais que convincente,
Levam-me à janela a ouvir uma canção
Que reconheço ser a nossa, tão somente:


- "Eu continúo aqui do jeito que era antes,
A cada anoitecer, te amando, te amando!"
Era um convite ao amor e, como dantes,
Em ti me perdi! Só Deus, sabe até quando!


Parnamirim/RN - Em 09. 08. 2015