quarta-feira, 23 de março de 2016

AS HORAS E EU



AS HORAS E EU
Eri Paiva

Olho, do relógio, a hora
Impiedosamente passando!
Coração vai relembrando,
Enquanto minh’alma chora,
Um amor que foi embora!

Chega o dia e a noite desce
Sem alegria ou prazer,
Sem vontade de viver...
O relógio que a hora tece
A zombar de mim, parece!

As horas não voltam, só vão
Levando, prá longe de mim
Aquele que me foi, enfim,
O amor deste meu coração,
Hoje entregue, à solidão!

Nossas horas?! Ah! Sabê-las,
Não quero, lembrá-las não vou!
Farei de cada lágrima e dor
Um caminho de estrelas
Em busca de um novo amor!

Em 17. 02. 2016
Natal/RN/Brasil

RELAÇÕES MALSÃS





RELAÇÕES MALSÃS
Eri Paiva

Estou, aqui, no meu silêncio, pensando
Que tudo poderia ser tão diferente
Se a quem um coração segue amando,
Aquele, a este, amasse igualmente!

Nas relações amorosas desencontradas
Se, por falta de amor ou egocentrismo,
Comodismo ou ambição desenfreada,
Há sofrimento certo e... muitas feridas.

Quantos, os que se gastam nessa dor,
Alimentando, sem fim, esperanças vãs
De felizes serem, em novas manhãs...

E não saem em busca de novos laços
A experimentar o calor de novos braços
Libertando-se de suas relações malsãs!

Montreal- Canadá
Em 05. 03. 2016

segunda-feira, 21 de março de 2016

UM TEMPO PARA NÓS








UM TEMPO PARA NÓS
Eri Paiva

Desejei muito te encontrar de novo.
Um tempo, para nós, eu muito quis!
Até sonhei em um possível renovo...
Nos fazendo, um ao outro mais feliz!

Um tempo, sem plateia, só prá nós,
Sem conversas rondando as laterais,
Para eu ouvir, somente, a tua voz
E tu, a meu poema de amor e paz!!!

Um tempo nem que fosse um minuto,
Mas só nosso, cheirando a eternidade!
Dele, colhêssemos o seu melhor fruto
Que outro não seria, senão felicidade!

Um tempo! Não sei se possível, é!
Gostaria muito fosse do teu querer...
Vou esperar, sim e, se acaso não der
Este desejo meu, comigo, vai morrer!

Em 26. 02. 2016
Entre São Paulo e Nova York


AMAR EM SILÊNCIO


AMAR EM SILÊNCIO
Eri Paiva

Ansiosa, esperançosa te esperei
E ao ver-te, de mim, tão pertinho!
Em teus olhos, então, mergulhei
À procura de afago e de carinho.

Teus olhos, reflexos do coração
Revelam, entre inquieto e aflito,
Mas, perpassado de terna emoção
Estás com teu coração, em conflito!

Quisera coragem prá não te querer,
Quisera saber-te feliz e, sem sofrer,
Quisera eu, te olhar e deixar-te ir...

Te amando, neste silêncio, em mim,
Sem cobrar o que não me podes dar
Sem esperar o que não ficou de vir...

Em 25. 02. 2016
Entre Natal e São Paulo/BR


DEIXA-ME


DEIXA-ME
Eri Paiva



Deixa-me te buscar em meu passado
De amor e trazer-te para o meu presente!
Deixa-me ser para ti apenas e somente, 
A tua mais doce e terna namorada!!!

Deixa-me voltar ao calor dos braços teus 
E dispensar-te o carinho que já não tens!
Deixa-me oferecer-te os braços meus
E o meu coração que tanto te quer bem!

Deixa-me te embalar nos meus sonhos
Dar um fim a meus dias vazios, tristonhos
E, viver contigo, cada doce madrugada...

Deixa-me, meu bem, pois haverás de ver
Que amor igual ao meu, nunca vais ter...
Deixa-me ser,  para sempre, a tua amada!

Natal/RN/Brasil
Em 14.01.2016

CAMINHANDO



CAMINHANDO
Eri Paiva

Esperançosa vou ao teu encalço
Sem pressa, decidida, calmamente,
Sempre saudosa do teu doce abraço!

Respeito o teu tempo e, nesta espera
Minh’alma de tão terna e apaixonada
Te aguarda, te ama, te venera...

Nesta esperança é doce o caminhar!
Longe ou perto, vou sempre te amar!

Em 17. 02. 2016
Natal/RN/Brasil

EU SEM VOCÊ






EU SEM VOCÊ
Eri Paiva

Sem você, eu sou triste alvorecer,
Sou um céu de nuvem escurecido,
Sou, arisco caminho, sem você,
Sou, qual árvore seca... sem vida!

Eu, sem você, sou flor sem encanto,
Sem você, eu já não sei por onde ir
Como criança carente de acalanto
Órfã do seu amor, já não sei sorrir!

Uma ave de asa quebrada e doída
Numa gaiola dourada, presa e ferida...
Sem você, creia-me, é assim que sou!

Eu sou a canção que de mim desistiu
Eu sou a poesia que não mais fluiu.
Sou, enfim, sequela do seu desamor!


Solânea/PB/Brasil - Em 28. 12. 2015